A Unidade/ Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos do Agrupamento de Escolas de S.Miguel da Guarda foi criada, nos anos 90, através do Despacho 7520/98, com a finalidade de responder às características dos alunos surdos e especificidades da sua comunicação, recorrendo a metodologias diferenciadas e estratégias diversificadas, dependendo do tipo e grau de surdez.
Nesta Unidade concentram-se alunos surdos dos concelhos de, Sabugal, Pinhel, Mêda, Guarda e contam com uma equipa de técnicos, intérprete de LGP, formadora de LGP, terapeuta da fala, professores especializados da deficiência auditiva e restantes professores das diversas áreas disciplinares.
As escolas de referencia desta Unidade são o Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro, a EB1 do Bairro do Pinheiro e a EB2/3 de S. Miguel da Guarda.
Porquê a concentração de alunos surdos em Unidades de Referência?
A Educação Bilingue só é possível se os alunos surdos estiverem inseridos em comunidades linguísticas de referência, cujo ensino será adequado à diversidade e heterogeneidade desses alunos.
Quando falamos em comunidades surdas estamos a olhar para as características e diversidade dos modos de comunicação dos alunos, do tipo e grau de surdez, de quando perdeu a audição, do modo de comunicação e das ajudas técnicas utilizadas.
Quando o diagnóstico da perda auditiva é precoce, recebendo a criança um trabalho de treino de boa qualidade, com envolvimento da família no processo e uso adequado de ajudas técnicas, próteses auditivas, implantes coclear, a linguagem emerge a comunicação é desenvolvida. Para tal é fundamental que sigam um programa de desenvolvimento da comunicação/linguagem, cujos objectivos passem por desenvolver, interacções entre a linguagem e a comunicação/entre o código oral e o gestual, o domínio da linguagem oral como forma de participação na comunidade de inserção e de processos de ensino da leitura/escrita, para aquisição de vocabulário que permita ao aluno surdo o acesso a toda a informação (compreensão).
É importante para a criança surda estar inserida em comunidades linguísticas de referência, pois assim é possível uma educação bilingue, que respeite as suas características e os modos de comunicação.
Publicado por Salete Bento
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