A função de intérprete começou por ser desempenhada de forma predominantemente empírica pelos familiares dos surdos. Hoje a realidade é bem diferente e o Intérprete de Língua Gestual deve adquirir uma formação científica apurada para que possa desempenhar com rigor a sua função.
O Intérprete de Língua Gestual Portuguesa assegura a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes e garante a liberdade de expressão de um terceiro que sem ele não conseguia expressar-se.
No que diz respeito aos direitos de ensino e cultura o Intérprete de Língua Gestual tem de igual modo um papel muito importante, uma vez que nas escolas ele é o único elo de ligação com o conhecimento.
Tendo em conta que o Intérprete é chamado para desempenhar as suas funções sobre os mais diversos temas, é fundamental que desenvolvam as suas competências linguísticas e a sua cultura geral.
O Intérprete de Língua Gestual deve ter uma certa espontaneidade de expressão, dado que a Língua Gestual necessita que a expressão acompanhe o gesto e também uma grande capacidade de concentração, memorização, treino auditivo e rápida compreensão quer a nível dos discursos orais, quer gestuais, de forma a que nenhuma informação seja perdida ou deturpada.
O Intérprete de Língua Gestual deverá, adaptar-se às diferentes situações que lhe surgirem; ter em conta que é um elo de ligação e não deverá envolver-se; pessoalmente na sua função; ser pontual e responsável; manter uma atitude correcta, restringindo-se a exercer a sua função, bem como ser responsável pelo seu próprio crescimento e pelo crescimento da profissão e conhecer e respeitar os seus próprios limites.
Para os devidos efeitos legais, consideram-se intérpretes de Língua Gestual: “Os profissionais que interpretam e traduzem a informação de Língua
Gestual para a língua oral ou escrita e vice-versa, de forma a assegurar a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes”.
Publicado por Taís Maia
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